A importância do varejo na economia e o varejo no futuro do município

O comércio, ou ainda o varejo, é uma das atividades mais pioneiras que a sociedade conhece. O ser humano há muito tempo, está acostumado a negociar mercadorias, desde as formas primitivas de escambo, passando pela evolução mercantilista que envolvia as primeiras trocas monetárias, até chegar às formas de comercialização modernas, com a utilização de dinheiro, talões de cheques, cartões de créditos, transações eletrônicas, entre outros.

Os primeiros registros da atividade do varejo no mundo datam da Antiguidade, na época em que Atenas, Alexandria e Roma foram grandes áreas comerciais e os gregos antigos eram conhecidos como grandes comerciantes.

Já o varejo brasileiro, tem suas raízes nas primeiras comercializações feitas ainda no Brasil-Colônia, onde a relação de dependência com Portugal era muito grande e existiam as chamadas Companhias de Comércio, que foram criadas para atingir certa economia de escala. No entanto, somente no Segundo Império, com o aparecimento das estradas de ferro e as estradas definitivas, surgiram os primeiros estabelecimentos comerciais, que evoluíram ao longo do tempo, formando as empresas de comércio varejista como são conhecidas hoje.

O varejo consiste em todas as atividades que englobam o processo de venda de produtos e serviços para atender a uma necessidade pessoal do consumidor final, é o tipo de empresa ou negócio que tem como uma das principais características estar relacionado diretamente ao cotidiano das pessoas, das comunidades, das regiões, enfim, da sociedade brasileira. Em todas as localidades do país existe algum estabelecimento de comércio que vende bens e serviços ao consumidor final e que, normalmente, tem uma ligação íntima com uma região e com a própria cultura local.

O varejista é qualquer instituição cuja atividade principal consiste no varejo. O varejo é um dos motores da economia, um dos grandes propulsores do aumento do poder de compra da população e o acesso ao crédito teve um impacto maior do que o aumento de renda. Não foi o sistema financeiro quem fez isso, porque os bancos só sabem emprestar para o governo e para empresas. Foi o varejo, com sua capilaridade, o responsável por isso. Os grandes varejistas com seus sistemas de cartões e crediários que deram este poder aos consumidores. O varejo também tem uma íntima relação com a política econômica do governo. O setor é extremamente sensível às oscilações do mercado.

Normalmente as vendas respondem de maneira muito rápida às alterações na conjuntura macroeconômica e no poder aquisitivo dos consumidores. Um aparelho que ninguém dá muita importância foi o pivô de toda essa virada do varejo: o leitor de código de barras. Eles viraram toda a cadeia de suprimentos de cabeça para baixo. Antes dele, o varejo era segmentado. Quando ele chegou, na década de 80, que os empresários começaram a entender que cada vez que aquela luzinha vermelha varre aquelas barrinhas, significa um voto do consumidor. Isso deu aos varejistas a valiosa informação de quais produtos são os preferidos. Temos hoje gigantescos bancos de dados. Nos anos 80 e 90, os principais empregadores estavam na indústria. Naquela época, uma montadora empregava mais do que as 60 maiores empresas de varejo. Hoje, a maior varejista emprega mais do que todas as montadoras juntas.

O setor do varejo vem aumentando consideravelmente sua importância no panorama empresarial brasileiro, um número crescente de varejistas figura na relação das maiores empresas do País. Conforme o setor se expande, são necessárias estratégias diferenciadas, novas tecnologias, mudanças no relacionamento com clientes e fornecedores. Neste cenário, o grande fator de diferença nas empresas é a vantagem competitiva, ou seja, o valor que se cria para o consumidor e que ultrapassa o custo, que advém do fato da empresa operar com baixo custo ou com diferenciação.

No comercio local não é diferente, o varejo dá um grande gás e é grande responsável pela movimentação econômica municipal, mesmo que a pecuária se destaca também no município. Para o proprietário do Atacadão dos Brothers da cidade de Itanhém-BA, Gicelio Oliveira “a área de vendas, destacando-se a do varejo, tem uma função fundamental na economia do nosso país: Gerar emprego. Além disso, o setor tem crescido muito nos últimos anos, dando força de compra para a população, e gerando impostos para o governo.

E assim como a nível Nacional, o setor de vendas é o maior empregador privado de nosso municipal. Isso por si só, já diz a importância deste setor. O que nos falta é um investimento público que facilite o trabalho do empreendedor para gerar ainda mais empregos”. Já Junior Cesar, gerente da empresa Itanhém Móveis também da cidade de Itanhém-BA, nos diz que “vender, de forma geral, beneficia os consumidores com mais produtos que atendam suas necessidades, o que eleva a produção industrial, estimulando o investimento e a oferta de emprego”.

Portanto, a área de vendas é de fundamental importância para a economia. E no município de Itanhém é carente em diversos níveis, principalmente de Indústrias e Fábricas. A economia é baseada na pecuária e no comércio varejista; assim sendo, o futuro deste município é impensável sem o varejo. Dada a importância do tema, partindo do ponto de vista da gestão empresarial, e evidenciando a necessidade de as empresas terem um processo de gestão estruturado, acredito que a aplicação do ciclo “planejamento, execução e controle”, é indispensável.